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Eternamente grato

  • Pr. Manolo Damasio
  • 3 de nov. de 2012
  • 2 min de leitura

No período das férias da faculdade eu vendia livros para pagar os estudos e me manter durante os meses letivos. Todas as vezes em que eu chegava na cidade, normalmente do interior, precisava administrar as incertezas e a profunda ansiedade que insistia em me dominar.

Ao final de cada tentativa havia um suspense. "Será que a venda vai ser efetuada?" Pensava eu. Quando a resposta era afirmativa, meu coração se enchia de gratidão. Os livros trariam benefício à família, mas eu não podia negar o fato de um estranho estar ajudando a construir meu futuro.

Em nosso vocabulário, o "obrigado" tornou-se o termo mais comum para expressar gratidão. Etimologicamente, a palavra pressupõe que o favor deve ser retribuído "obrigatoriamente".

Neste sentido, jamais poderíamos dizer "obrigado" a Jesus pela salvação, visto ser impossível retribuir o favor.

O livro O Grande Conflito descreve o momento em que os salvos unem-se a Adão numa expressão de gratidão ao Senhor Jesus Cristo. Observe:

"O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio. [...] Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite — as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: "Digno, digno, digno, é o Cordeiro que foi morto, e reviveu!" A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração." Págs. 647, 648.

Às vezes fico pensando na eternidade, enquanto minha alegria e felicidade não param de aumentar, os momentos em que minha família estará reunida em uma de nossas casas para receber as pessoas que partilharam o evangelho conosco. Pessoas que nos visitaram, estudaram a Bíblia com a gente, aconselharam nos momentos de dúvida e nos animaram em meio às crises. Gente que riu e chorou com a gente em nossa longa jornada.

Fico imaginando algumas tardes em agradável conversa com esses homens e mulheres. Como agradecê-los? Estamos no Céu porque um dia eles gastaram e deixaram-se gastar para nos salvar.

Também fico pensando nos grandes ajuntamentos. Nos cultos semanais diante do Grande Trono do Cordeiro quando um louvor inimaginável será elevado para Glória de Deus Pai. Fico imaginando que em algum momento assim, alguém estará me olhando. Mesmo de longe, poderei ler seus lábios dizendo: "Muito obrigado!" É um outro alguém que conduzi a Jesus.

A única obra pessoal que transporá os portais eternos são as almas que ajudamos a resgatar. Espero ainda fazer muito mais.

Abraço do companheiro de jornada. Pr. Manolo Damasio

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