#75 É preciso dizer não
- Pr. Manolo Damasio
- 26 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos. Juízes 14:3
Nós somos cheios de vontades. Parte do que nós somos se define a partir de nossas escolhas e preferências. Contudo, a gente descobre mais cedo ou mais tarde na vida que não é possível ter todos os caprichos atendidos.
O “não” conserva as relações entre pais e filhos, amigos e casais. Define a nossa identidade e reforça a autoestima, diz o psicólogo Quintino Aires. “Dizer sim a tudo é sempre a pior estratégia.”
A verdade é que negar-se a dizer “não” aos outros é um desserviço que fazemos a eles e a nós mesmos. Amizades tóxicas, casamentos opressores, filhos mimados e pais inseguros são o resultado de não se estabelecer limites nos relacionamentos.
A psicóloga Priscila Stocco Costa explica que dizer não é demonstrar amor à criança e ensinar lições que perduram por toda a vida. O “não” mostra o limite de até onde a criança pode chegar com determinado comportamento e a partir daí é que ela aprende o que é certo e errado, os valores e, principalmente, a enfrentar as frustrações.
Uma criança que só recebe “sim” como resposta ou que recebe tudo pronto, certamente poderá ter dificuldades em saber respeitar limites, desenvolver autonomia e lidar com a frustração, por exemplo. Quando isso não é modificado de forma sistêmica (familiar), pode acarretar em um adolescente/adulto com as mesmas dificuldades no trabalho, nos relacionamentos e ainda desenvolver problemas psicológicos que precisem de tratamento.
Na força de Deus, os pais devem levantar-se e ordenar a sua casa após si. Devem aprender a reprimir o mal com mão firme, mas sem impaciência ou paixão. Não devem deixar a criança a conjeturar o que é direito, mas devem apontar o caminho em termos inconfundíveis e ensinar-lhes a andar nele. — The Review and Herald, 4 de Maio de 1886. OC 51.3
Abraço do seu amigo e pastor
Manolo Damasio
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