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Os estágios do crescimento espiritual (resumo)

  • Jon Paulien (trad. Manolo Damasio)
  • 5 de jun. de 2016
  • 4 min de leitura

Paulo mede o crescimento da igreja de Tessalônica baseado nos relatórios que ele recebeu de Timóteo. Existem formas contemporâneas de medir os estágios do crescimento espiritual? Existe toda uma literatura sobre o assunto, umas são mais úteis do que outras. A versão que tem sido mais útil para mim foi recomendada por Skip Bell da Universidade Andrews. Pode ser encontrada no The Critical Journey, por Janet Hagberg e Robert Guelich.

A seguir, você encontrará diferenças significativas da versão de Hagberg. Eu tenho pensado através do sistema dela e avaliado pela minha experiência pessoal, minhas experiências como mentor, e meu estudo da Bíblia e do Espírito de Profecia. Então, o que eu ofereço aqui depende de outros tanto quanto da minha própria perspectiva. Existem seis estágios em todos, com alguns pontos de transição.

O primeiro estágio é o conhecimento de Deus. Às vezes, eu chamo este de estágio romântico. Este é o tempo do “primeiro amor”, da grande alegria em caminhar com Deus. Ao mesmo tempo não há um grande conhecimento, então a pessoa está vulnerável à superstição. O segredo nessa fase é a conexão com uma comunidade que pode nutrir e treinar o novo crente de maneira saudável.

O segundo estágio eu chamo de estágio de aprendizado ou discipulado. Este é um período quando os novos crentes exploram, estudam e aprendem como se encaixam em sua nova comunidade espiritual. Encontrar o mentor certo é crucial nessa fase, porque as pessoas estão ansiosas para aprender e podem ser frequentemente desviadas. Este é o período de alta confiança, onde os novos crentes sentem que encontraram a verdade podendo tornar-se um pouco legalistas e inflexíveis.

Se as pessoas encontram um mentor saudável, elas continuarão e crescer, indo de discípulos a líderes. Este terceiro estágio pode ser chamado de estágio do sucesso, um tempo quando os crentes ajudam outros a aprender o que eles têm aprendido. Sua liderança é frequentemente elogiada e recompensada e eles sentem como que já “chegaram”. Geralmente é uma fase confiante, o auge do que as pessoas esperam de crescimento espiritual e liderança. Se as coisas terminassem aqui, todo mundo ficaria feliz. Mas, não é bem assim.

Em algum ponto no terceiro estágio, muitas pessoas de fé experiente, geralmente entre os 30 e 50 anos, passam pelo que eu chamo de a “noite escura da alma”. Esta é uma crise pessoal onde certezas passadas tornam-se inadequadas, onde você começa a questionar tudo que você sempre acreditou e acha Deus calado ou distante. Esta assustadora experiência não é destrutiva, mas uma dúvida que leva a uma fé maior, porque ela desnuda o egoísmo sutil que permeou a fase de sucesso sem estarmos conscientes disso.

Algumas pessoas desistem na noite escura como se isto não fosse de Deus, e outros culpam sua comunidade espiritual por tudo que parece estar dando errado, mas aqueles que bebem deste sofrimento como um chamado de Deus se movem para o quarto estágio, que eu chamo de jornada interior. Até este ponto, nós aceitamos o propósito da igreja ou nossas próprias ambições como sendo o propósito de Deus. Mas a noite escura nos levou a compreender e abraçar unicamente o propósito de Deus para as nossas vidas. Nossa fá se move da mente para o coração e torna-se muito mais relacional. Isto é como uma segunda conversão.

O quinto estágio eu chamo de jornada para fora. Nesta fase voltamos para o mundo e fazemos o tipo de coisa que fazíamos na período de sucesso, mas com motivos diferentes, mais altruístas. As pessoas, muitas vezes mudarão de ministérios neste estágio, se tornando mais dispostas a diminuir, humilhar e arriscar. Elas estão vivendo agora para o propósito de Deus ao invés do propósito de uma instituição ou de outras pessoas.

Neste ponto uma coisa surpreendente acontece. Nós poderíamos pensar que o aprofundamento da espiritualidade seria reconhecido e apoiado. Em vez disso, quanto mais nos aproximamos de Deus, mais distantes nós parecemos estar daqueles das fases anteriores. Isto geralmente provoca uma segunda noite escura da alma, que mais tarde, esmagará ainda mais o egoísmo escondido fora da nossa espiritualidade.

No sexto estágio os seguidores de Deus são governados por amor incondicional. Eles tem aprendido a ver as pessoas através dos olhos de Deus e amá-los da maneira que Deus ama. Alguém poderia pensar que este seria um estágio popular em qualquer instituição religiosa, mas é o oposto. A única coisa que a maioria das pessoas não irá tolerar é você amar seus inimigos, se esse inimigo for um agressor, um grupo étnico diferente, um parente chato ou um membro da igreja com opiniões diferentes. Amor incondicional geralmente se torna perturbador nas relações.

A essa altura, você provavelmente gostaria de ter parado no terceiro estágio. Gostaríamos muito que a escada da fé nos levasse de triunfo em triunfo. Mas, neste mundo quebrado quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nos tornamos estranhos aos outros, mesmo quando os outros são “da fé”. Paulo mesmo experimentou esse tipo de estranheza em sua própria relação com outros judeus em Tessalônica e até mesmo na igreja em Jerusalém (Atos 17:1-10; 21:17-36). Isto é o que torna suas cartas tão relevantes para nós hoje.

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